quinta-feira, 21 de março de 2013

Quem foi o vândalo que destruiu o meu tesouro? Ah, esqueci, foi eu mesmo!

O Cristão possui em sua mente, um dispositivo que o impede de dizer ou ouvir coisas que ofendam a Deus, como piadas e letras musicais, isto é fácil de brecar pois essas coisas nos confrontam filosoficamente, e filosofia de vida é como um cofre, não queremos ninguém mexendo, ou tentando mudar de lugar ou colocar e tirar algo. O Espirito de Deus e a sua palavra devem estar protegidos nesse cofre, como nosso maior bem.

Porém, as nossas ações possuem um grau de valor interessante na balança, não falo das boas, mas das más. Aquele que é tentado, é desafiado à conturbar a aliança, a mexer no cofre que possui em Deus, em suas ações, como se nós fossemos os próprios ladrões daquilo que guardamos, nós mesmos pixamos, rasgamos e quebramos aquilo que nós mesmos escondemos com tanto zelo. De fato, uma ironia, mas é a verdade quando se trata do que chama a atenção do nosso leão interior, que tem fome e saliva pela carne.

Por isso não seja guarda e ladrão ao mesmo tempo, seja apenas a casa que abriga o tesouro. Construa um muro não ao redor da casa, mas ao redor do tesouro, pra que seja protegido não do inimigo, mas de você mesmo.

E tudo isto, tem haver apenas com uma coisa, isto é, obediência a Deus. Para que não fiquem apenas com minhas palavras, peço que leiam este trecho do livro de Jeremias, onde a obediência de dois povos foi posta na balança, e Deus, o justo juiz, faz a conclusão:

"A palavra que do SENHOR veio a Jeremias, nos dias de Jeoiaquim, filho de Josias, rei de Judá, dizendo:
Vai à casa dos recabitas, e fala com eles, e leva-os à casa do SENHOR, a uma das câmaras e dá-lhes vinho a beber.
Então tomei a Jazanias, filho de Jeremias, filho de Habazinias, e a seus irmãos, e a todos os seus filhos, e a toda a casa dos recabitas;
E os levei à casa do SENHOR, à câmara dos filhos de Hanã, filho de Jigdalias, homem de Deus, que estava junto à câmara dos príncipes, que ficava sobre a câmara de Maaséias, filho de Salum, guarda do vestíbulo;
E pus diante dos filhos da casa dos recabitas taças cheias de vinho, e copos, e disse-lhes: Bebei vinho.
Porém eles disseram: Não beberemos vinho, porque Jonadabe, filho de Recabe, nosso pai, nos ordenou, dizendo: Nunca jamais bebereis vinho, nem vós nem vossos filhos;
Não edificareis casa, nem semeareis semente, nem plantareis vinha, nem a possuireis; mas habitareis em tendas todos os vossos dias, para que vivais muitos dias sobre a face da terra, em que vós andais peregrinando.
Obedecemos, pois, à voz de Jonadabe, filho de Recabe, nosso pai, em tudo quanto nos ordenou; de maneira que não bebemos vinho em todos os nossos dias, nem nós, nem nossas mulheres, nem nossos filhos, nem nossas filhas;
Nem edificamos casas para nossa habitação; nem temos vinha, nem campo, nem semente.
Mas habitamos em tendas, e assim obedecemos e fazemos conforme tudo quanto nos ordenou Jonadabe, nosso pai.
Sucedeu, porém, que, subindo Nabucodonosor, rei de babilônia, a esta terra, dissemos: Vinde, e vamo-nos a Jerusalém, por causa do exército dos caldeus, e por causa do exército dos sírios; e assim ficamos em Jerusalém.
Então veio a palavra do SENHOR a Jeremias, dizendo:
Assim diz o SENHOR dos Exércitos, o Deus de Israel: Vai, e dize aos homens de Judá e aos moradores de Jerusalém: Porventura nunca aceitareis instrução, para ouvirdes as minhas palavras? diz o SENHOR.
As palavras de Jonadabe, filho de Recabe, que ordenou a seus filhos que não bebessem vinho, foram guardadas; pois não beberam até este dia, antes obedeceram o mandamento de seu pai; a mim, porém, que vos tenho falado, madrugando e falando, não me ouvistes.
E vos tenho enviado todos os meus servos, os profetas, madrugando, e insistindo, e dizendo: Convertei-vos, agora, cada um do seu mau caminho, e fazei boas as vossas ações, e não sigais a outros deuses para servi-los; e assim ficareis na terra que vos dei a vós e a vossos pais; porém não inclinastes o vosso ouvido, nem me obedecestes a mim.
Visto que os filhos de Jonadabe, filho de Recabe, guardaram o mandamento de seu pai que ele lhes ordenou, mas este povo não me obedeceu (...)"
(Jeremias 35:1-16).

O que se segue após esta parte, é o castigo de Deus sobre o povo que em muito lhe desobedece, não é um castigo futuro, mas presente, em vida.
Acredito que não devemos obedecer a Deus com medo do castigo, mas em honra à sua grande obra em nossa vida, pelo seu infinito Amor, pela sua Graça e tão incontáveis Misericórdias.

Paz em Cristo!
Adelmo Candido

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